ó, maliciosa e amada feiticeira,
que será sob a nívea cabeleira
uma Duquesa da época da Fronda.
Inconstante e fugaz, tal como uma onda,
teu capricho te trouxe a mim, brejeira,
e tua graça floresceu, inteira,
sobre minha existência triste, hedionda.
Tua graça meu céu encheu de cores!
Que ela cante a sorria a céus abertos
à ave vermelha dos teus lábios presa...
Pois assim, mesmo quando tu te fores,
em tua honra cunharei meus versos
com a tua nobre efígie de Duquesa.
Ricardo Jayme Freyre
(Bolivia 1868 - Argentina 1933)
Sem comentários:
Enviar um comentário