Estes os olhos são da minha amada:
que belos, que gentis, e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
os doces frutos da estação dourada.
Por eles a alegria derramada,
tornam-se os campos de prazer gostosos;
em zéfiros suaves, e mimosos
toda esta região se vê banhada.
Vinde, olhos belos, vinde; e enfim trazendo
do rosto de meu bem as prendas belas
dai alívios ao mal, que estou gemendo:
mas, ah! delírio meu, que me atropelas!
Os olhos que eu cuidei que estava vendo
eram ( quem crera tal!) duas estrelas.
Cláudio Manoel da Costa
(Brasil 1729-1789)
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Carta de apresentação
O SECRETO MILAGRE DA POESIA
Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.
Excerto
in Rosa do Mundo
1 comentário:
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