Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

22 de dezembro de 2011

Soneto : Edmund Spenser


E ela me disse: tudo é vão e passa.
Nunca eternizarás o que é mortal.
E eu passarei também, tal como a escassa
pegada de meu nome, desigual.

Não! protestei. - Só o vil é que perece!
Tu sobreviverás, nem tudo some.
Em teu louvor meu verso se engrandece

e em altos céus há de gravar teu nome.
E na terra, até a morte, em sonho e lida,
viverá nosso amor com a nossa vida.

Edmund Spenser
(England 1552-1599)

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