os rios correm ao mar;
num enlace fugidio
prendeu-se as brisas no ar…
Nada no mundo é sozinho;
por sublime lei do Céu,
tudo frui outro carinho…
Não hei-de alcança-lo eu?
Olha os montes adorando
o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando
todas abraçadas as fragas…
Vivos rútilos desejos,
no sol ardente os verás:
- Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim não mos dás?
Percy Bysshe Shelley
England (1792-1822)
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