Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

11 de dezembro de 2011

Percy Bysshe Shelley: A filosofia do amor

Correm as fontes ao rio

os rios correm ao mar;
num enlace fugidio
prendeu-se as brisas no ar…
Nada no mundo é sozinho;
por sublime lei do Céu,
tudo frui outro carinho…
Não hei-de alcança-lo eu?

Olha os montes adorando
o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando
todas abraçadas as fragas…
Vivos rútilos desejos,
no sol ardente os verás:

- Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim não mos dás?

Percy Bysshe Shelley
England (1792-1822)
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