Caluniaste o meu corpo
ao longo dos teus gestos
sem medida
Desde a palavra exacta
do meu sexo
e soletraste-me puta
Puta
Puta
Angustiosamente erótica
abri-me em coxas
e penetrei-te na minha fauna aquática
Grito marinho
a escorrer
nas algas
do meu ventre
Puta
Puta.
Manuela Amaral
(Portugal 1934-1995)
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