Vive leda, se o poderás,
e
não sofras aguardando:
pois,
conforme vou penando,
eu não espero jamais
ver-te nem que me
verás.
Oh
dolorosa partida!
Triste
amador, eu que peço
permissão
e me despeço
de
tua vida e da vida!
O
tormento perderás,
se
em mim cuidar te amargura,
que
pela minha tristura
eu não espero jamais
ver-te nem que me
verás.
Já
que tu foste a primeira
de
quem eu me cativei,
aqui
mesmo jurarei
que
sereis a derradeira.
Juan
Rodríguez del Padrón
Espanha
1390-1450
in
“Antologia da Poesia Espanhola
das
Origens ao Século XX”
Selecção:
José Bento
Editor:
Assirio & Alvim
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