Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

9 de fevereiro de 2012

Quando verei de novo firmes as tuas coxas

Quando verei de novo firmes as tuas coxas
Que em defesa se cerram uma contra a outra
Para depois se entreabrirem ao desejo obedientes
E ao cair do vestido de súbito revelarem
Como um selo de lacre sobre um segredo obscuro
Húmidas ainda as marcas das minhas unhas

Poemas eróticos da Índia antiga
Séc. IV a. c.

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