Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

22 de junho de 2015

Esparsa em Acróstico: Diogo Brandão

Do grande mal que causaram
Os olhos, quando vos viram,
N’estes dias o pagaram
Afora quando partiram.
Vida que assim atormenta
I a melhor se perderia,
O penar que se acrescenta
Ledo morrer me faria.
As lágrimas que se dobraram
No coração se sentiram:
Todas meus olhos choraram
Em vendo que não nos viram.

 
Diogo Brandão
Portugal Séc. XV-1530
in Os dias do Amor
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