Para ti tecia ao luar
Uma túnica de flores amarelas.
Se pudesse acreditar que me deixavas
À tona da água a teria desfolhado.
Para ti teci à sombra das árvores
Uma túnica de musgo do bosque
Se pudesse acreditar que me deixavas
Aos quatro ventos a teria dispersado!
O vento que rodopia no meio dos abismos
Não pode mover os rochedos de Sindirya
Os rigores dos deuses implacáveis
Não podem mudar o coração que te ama.
A água das chuvas e das cheias
Não pode turvar a nascente de Sindirya.
Os homens e os dias que passam
Não podem fazer murchar o meu amor.
Mongólia, Calmucos
Séc. XVII
Trad. Maria Jorge Vilar Figueiredo
In Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor: Assirio & Alvim
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