Vejo-a,
no café, cada manhã,
A
folhear, atenta, um compêndio de inglês,
Não
me canso de a olhar. Às vezes olha
(Um
velho!), num desvio de atenção,
E
logo volta a folha,
Enquanto
molha
o
bolo no «galão».
Eu
saio, com pesar, bebida a «bica».
Ela
é a minha manhã,
Tão
natural, tão clara… que ali fica.
-
Que saudades da Escola! Que fome de maçã!
António
Manuel Couto Viana
(Portugal
1923-2010)
in
Poemas Portugueses
“Antologia
poesia portuguesa séc. XIII ao séc. XXI
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