Tem um olhar direito e doce,
Um ar de rosto de confiança,
E amará como se o amor fosse
Uma alegria de criança...
Trouxe-me a flor por brincadeira.
Maliciosamente vinda,
Seu mesmo gesto era a maneira
□
Ou talvez não e tudo mude,
Mas, se for como as sempre
iguais,
Que o eterno desencontro ‘scude
Minha alma contra vê-la mais.
Fernando Pessoa
(Portugal 1888-1935)
“in Poesia 1918-1930”
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