Levanta
Alzira os olhos pudibunda
Para
ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo
que nela a porra lhe metia
Fez-se
mais do que o nácar rubicunda:
Toco
o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa
bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto
em desejos ardia,
Brando
licor o pássaro lhe inunda:
C'o
dedo a greta sua lhe coçava;
Ela,
maquinalmente a mão movendo,
Docemente
o caralho embalava:
"mais
depressa" – lhe digo então morrendo,
Enquanto
ela sinais do mesmo dava;
Mística
pívia assim fomos comendo.
Manuel
Maria Barbosa du Bocage
(Portugal
1765-1805)
In
Poesias Eróticas Satiricas e Burlescas
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