A madrugada é isto: estar presente
quando a noite por fim chegar a casa
e entrar no meu quarto docemente
mais fria e mais leve que uma asa.
E demorar-se em mim. E demorar
os seus negros cabelos no meu peito.
A madrugada é isto: é acordar
nas ruas que começam no meu leito.
Joaquim Pessoa
(Portugal 1948)
in Obra Poética vol. 2
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